Soltando o Peido nº 0 , em 1990: “Um estrondo na imprensa” ( impresso em dois modelos de capa, essa acima era a alternativa de capa mais comercial). Alguns acharam um cu.
O lema do Peido nº 2 de 1998 : “ Nesse número, O peido é em preto-em-branco, xerocado, mas se fosse em cores, seria totalmente ( imprensa ) marrom”
Pra quem não sabe o que é fanzine, não tenho paciência pra explicar. Leia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fanzine
Eu e o meu amigo Lucio Punkão ( hoje colunista de sucesso no blog bachareisembaixaria.blogspot.com ) tivemos a idéia de fazer um fanzine. Camaria-se O Peido. O primeiro número do fanzine ( o zero) saiu em março de 1990. Esse número 0 do Peido causou certa controvérsia e , iclonoclasta que era, deixou pasmas algumas pessoas da sociedade barrense ( minha cidade, Barra do Piraí) com as virulentas matérias: minhas tias e minha vó. Nossas únicas leitoras. Recebemos delas severas e sinceras críticas bem construtivas. Diante dessa repercussão, ficamos entusiasmados e determinamos que, para uma acuidade e atenção maior ao veículo, a sua periodicidade seria de oito em oito anos. O primeiro número ( após o zero) do Peido saiu em 1998. Onze exemplares vendidos. A transgressão buscada não provocou muito alvoroço. Minha vó, Bárbara Queleadora, já, então, com 96 anos, disse que tínhamos caído na mesmice, na pasmaceira. Que esse lance de colocar foto de buçanha arreganhada já estava ultrapassado e letra do Jesse Valadão não colava mais . Mas, mesmo assim, não nos abalamos e continuamos com o projeto e, conforme tínhamos determinado, o segundo exemplar saiu exatamente oito anos depois, em 2006. Minha vó, já falecida, mas querida crítica-mor do nosso periódico, através de uma sessão mediúnica, incorporou-se num espírita amigo nosso e acusou-nos dessa vez de sermos carolas conservadores, e de que O Peido já não fedia nem cheirava, já era peso-morto. A foto-novela erótica e a entrevista com a Incrível Mulher Jamanta do Circo causou-lhe o maior desagrado.
Aprendendo dia a dia ( ou melhor: de oito em oito anos) com essas valiosas críticas tentamos nos aperfeiçoar sempre.
O terceiro número, aguardem, já está sendo preparado pra sair no dia 25 de março de 2014, lá pelas 14:30h, segundo as nossas previsões. Já estou ansioso pra saber o que a velha vai achar ( já que provavelmente já deve estar reencarnada).
Os conhecedores de fanzine poderiam dizer que pela própria proposta do veículo - distribuição precária e underground - o fracasso, de certa maneira, configuraria um sucesso, já que a busca de um fanzine underground é, sempre, pelo anonimato e o hermetismo contracultural e underground. Mas quando esse desconhecimento beira a distribuição para, no máximo, dez interessados ( enquanto os fanzines mais clássicos, por mais undergrounds que proponham ser, alcançam ao menos centenas de leitores), continuo afirmando que como fanzineiro sou um mega-fracassado.
Se algum infeliz leitor desse blog tiver a coragem de querer adquirir cópias dessas bagaceiras, mande-me um e-mail solicitando:
alexandrecoimbragomes@gmail.com
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fanzine
Eu e o meu amigo Lucio Punkão ( hoje colunista de sucesso no blog bachareisembaixaria.blogspot.com ) tivemos a idéia de fazer um fanzine. Camaria-se O Peido. O primeiro número do fanzine ( o zero) saiu em março de 1990. Esse número 0 do Peido causou certa controvérsia e , iclonoclasta que era, deixou pasmas algumas pessoas da sociedade barrense ( minha cidade, Barra do Piraí) com as virulentas matérias: minhas tias e minha vó. Nossas únicas leitoras. Recebemos delas severas e sinceras críticas bem construtivas. Diante dessa repercussão, ficamos entusiasmados e determinamos que, para uma acuidade e atenção maior ao veículo, a sua periodicidade seria de oito em oito anos. O primeiro número ( após o zero) do Peido saiu em 1998. Onze exemplares vendidos. A transgressão buscada não provocou muito alvoroço. Minha vó, Bárbara Queleadora, já, então, com 96 anos, disse que tínhamos caído na mesmice, na pasmaceira. Que esse lance de colocar foto de buçanha arreganhada já estava ultrapassado e letra do Jesse Valadão não colava mais . Mas, mesmo assim, não nos abalamos e continuamos com o projeto e, conforme tínhamos determinado, o segundo exemplar saiu exatamente oito anos depois, em 2006. Minha vó, já falecida, mas querida crítica-mor do nosso periódico, através de uma sessão mediúnica, incorporou-se num espírita amigo nosso e acusou-nos dessa vez de sermos carolas conservadores, e de que O Peido já não fedia nem cheirava, já era peso-morto. A foto-novela erótica e a entrevista com a Incrível Mulher Jamanta do Circo causou-lhe o maior desagrado.
Aprendendo dia a dia ( ou melhor: de oito em oito anos) com essas valiosas críticas tentamos nos aperfeiçoar sempre.
O terceiro número, aguardem, já está sendo preparado pra sair no dia 25 de março de 2014, lá pelas 14:30h, segundo as nossas previsões. Já estou ansioso pra saber o que a velha vai achar ( já que provavelmente já deve estar reencarnada).
Os conhecedores de fanzine poderiam dizer que pela própria proposta do veículo - distribuição precária e underground - o fracasso, de certa maneira, configuraria um sucesso, já que a busca de um fanzine underground é, sempre, pelo anonimato e o hermetismo contracultural e underground. Mas quando esse desconhecimento beira a distribuição para, no máximo, dez interessados ( enquanto os fanzines mais clássicos, por mais undergrounds que proponham ser, alcançam ao menos centenas de leitores), continuo afirmando que como fanzineiro sou um mega-fracassado.
Se algum infeliz leitor desse blog tiver a coragem de querer adquirir cópias dessas bagaceiras, mande-me um e-mail solicitando:
alexandrecoimbragomes@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário