Em 1989, com treze anos, entusiasmado pela leitura intensa de revistas em quadrinhos ( Turma da Mônica, Disney, Turma do Bolinha, Sobrinhos do Capitão, Marvel, DC, etc.), criei um herói que, para mim, seria uma revolução no mundo dos gibis infantis.
Esse meu herói dos quadrinhos, o Beto, era um cara comum, sem super-poderes, um cara trabalhador, de vida prosaica, que vivia atrás de trampo para sustentar a família.
Beto tinha uma peculiaridade.
Por ser fruto de uma relação incestuosa entre seu pai e sua avó ( e sua mãe também, né? ), Beto (sobre)vive com uma deformidade congênita: um feto ( seu irmãozinho) agarrado na sua nuca.
Diante das dificuldades e preconceitos que sofria por ser uma aberração, Beto sempre estava atrás de emprego para comprar mantimentos pra sua família: papinha para o seu irmão agarrado na nuca, roupas sob medida para suas irmãs ( que eram siamesas) e várias camisinhas para que o seu pai pudesse transar com a sua mãe ( e sua avó também, né?) sem o risco de que ela engravidasse novamente.
Vida dura a do Beto.
Os gibis chamavam-se “AS AVENTURAS DE BETO, O HERÓI QUE É METADE HOMEM, METADE FETO”
Fiz uns três gibis à mão, quadro por quadro, capinha colorida com canetinha, xeroquei e mandei cópias pra todas as editoras de quadrinhos. Rejeição geral.
Até hoje eu não sei o porquê da recusa. O personagem era fofinho pra caramba. Um pouco inusitado, mas isso é que era o ponto forte dele.
Esse meu herói dos quadrinhos, o Beto, era um cara comum, sem super-poderes, um cara trabalhador, de vida prosaica, que vivia atrás de trampo para sustentar a família.
Beto tinha uma peculiaridade.
Por ser fruto de uma relação incestuosa entre seu pai e sua avó ( e sua mãe também, né? ), Beto (sobre)vive com uma deformidade congênita: um feto ( seu irmãozinho) agarrado na sua nuca.
Diante das dificuldades e preconceitos que sofria por ser uma aberração, Beto sempre estava atrás de emprego para comprar mantimentos pra sua família: papinha para o seu irmão agarrado na nuca, roupas sob medida para suas irmãs ( que eram siamesas) e várias camisinhas para que o seu pai pudesse transar com a sua mãe ( e sua avó também, né?) sem o risco de que ela engravidasse novamente.
Vida dura a do Beto.
Os gibis chamavam-se “AS AVENTURAS DE BETO, O HERÓI QUE É METADE HOMEM, METADE FETO”
Fiz uns três gibis à mão, quadro por quadro, capinha colorida com canetinha, xeroquei e mandei cópias pra todas as editoras de quadrinhos. Rejeição geral.
Até hoje eu não sei o porquê da recusa. O personagem era fofinho pra caramba. Um pouco inusitado, mas isso é que era o ponto forte dele.
Empolgadaço com o possível sucesso do personagem, criei até umas camisas para vender para os futuros fãs.
No número um das suas aventuras, Beto vira hippie maconheiro e apronta poucas e boas numa sociedade alternativa em Visconde de Mauá.
Um comentário:
"se mete em várias confusões e travessuras engraçadíssimas no mundo dos esportes radicais."
Com chamadas apelativas assim, não entendo como pode ter fracassado. Deu vontade de ler na hora!
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