segunda-feira, 29 de novembro de 2010
(...)
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quinta-feira, 23 de setembro de 2010
LETRISTA DE TANGO-ROCK FRACASSADO
Putz! Mais uma incursão bizarra fadada ao fracasso. Dessa vez a menina do setor de registro da Biblioteca Nacional pediu pra ler. Riu na minha cara. Perguntou que merda era essa. ExplIquei que era uma letra de tango-rock que eu pretendia vender pra alguma cantora MPB ou Rock. Ela gargalhou.
Fez o trabalho dela ( registrar). e o indefectível muxoxo na minha saída. Sempre faz isso.
Deve ter dó de mim. “ Toda semana esse idiota vem registrar uma besteira nova”, pensou com certeza.
O som, como eu já disse, é um tango-rock. A letra, pra qualquer debilóide que tenha lido no ensino médio o considerado mais polêmico livro da Literatura Brasileira, tenta abrir uma nova porta ( ou armário) pra discussão.
Ahh...Leiam essa porcaria e... é isso.
Ps> Se alguma cantora quiser comprar os direitos dessa tosca canção, contacte-me.
OBLÍQUO & DISSIMULADO
Tu disseste que me viste
trocando olhares com aquele ali
eu te garanto, foi você quem viu
com olhos de quem não quer ver
que há um problema contigo
*
esqueças, isso é ilusão
da minha parte não há traição
Não estás causando um mal só pra ti
provocaste o maior desgosto
ele é o teu melhor amigo
não só com ele, mas também conosco
Eu já lhes disse muito bem
resolvam isso entre si
não tenho nada com isso
a dúvida é você quem tem
Já me olharam e me julgaram
não ouviram nem a minha versão
se convenceram da tua visão
tu não mereces estar comigo
*
não vi o que havia ali
enchi a cara e chorei por ti
e de ressaca foi que eu percebi
Que o ciúmes que achei, fosse por mim
era sincero, mas não era bem assim
pois descobri que algo de estranho
ele e ti
O que te fez amargurado, esse amor demasiado
não é por mim, agora eu vejo bem. Não te culpas,
assuma logo que tu és maior viado
é dele que tu te preocupas.
*
vão ser felizes, vocês dois * ESTRIBILHO
e o meu caminho eu sigo, não deixo pra depois
Vou te mandar um papo reto
por mim eu deixo isso quieto
e o meu caminho eu sigo, não deixo pra depois
terça-feira, 14 de setembro de 2010
EMO FRACASSADO
Acabei de descobrir, dia desses, que na música popular, mais especificamente no rock, mais especificamente ainda no punk rock, mais, mais especificamente ainda no punk rock romântico, mais, mais, mais especificamente ainda no punk rock romântico adolescente brasileiro, há bandas que fazem esse tipo de som que faz sucesso: o classificado “emocore” [ canções emotivas, sensíveis + hardcore ( subgênero do punk)]. Pejorativamente chamado de “emo” pelos detratores.
Depois falo mais disso, dos detratores. Voltado às vacas frias, esse tal de “emocore” é o que há em termos de sucesso atualmente, arregimentando milhões de fãs pelo país inteiro. Ídolos, os “emos” se tornaram muitíssimos famosos, fascinando as garotas e ,o melhor, ficando cada vez mais ricos, podres de ricos. Eles, ídolos “emos” são adolescentes, senão, pós-adolescentes. Bandas como Restart, Cine, Hori, Fresno, NX Zero e outras, sacodem multidões de teenegers ao embalo melodioso de suas canções.
Falando em podre, em punk e adolescência, lembrei-me da minha.
Anos oitenta, eu, um púbere imberbe, tive em minhas mãos vinis de bandas punk. Identifiquei-me no ato com a anarquia + rebeldia + agressividade das músicas que eram vomitadas pelos auto-falantes do meu toca discos. Vinis,estes, de bandas nacionais como Restos de Nada, Kaos 64, Gonorréia, Cólera, Ação Patriota, DCC, Attack Epilético, Olho Seco, Ratos de Porão, Anarkolatras, Central do Brasil, Escarro Preto, Anal Putrefaction e as coletâneas Sub e Começo do Fim do Mundo.
Virei um punk. Roupas rasgadas e sujas, falta de banho, tachinhas e bottons compunham o visual para me encontrar nas frequentes bebedeiras com os amigos. Dureza. Cachaça. Revolta contra o Sistema. Anarquia em UQ ( Um Quartinho, o lá de casa), onde nos encontrávamos, nós os punks, para escutar no talo, na penumbra do apertado cômodo, os nossos vinis que incomodavam nossos vizinhos e bradar nossa rebeldias sem causas.
Fiz o zine “Rasgue este Zine antes de ler!”
Ainda tenho no meu baú as centenas de zines que eu trocava na época.
Mais under ainda: via zines, obtinha punks obscuros como o Grupo D Risco, um coletivo cultural maranhense e o ultra-under Espelho dos Deuses.
Montei banda. Queríamos gritar para o mundo nossa raiva. Quanto mais pessoas ouvissem o nosso som, mais disseminaríamos o nosso recado mal criado. A banda denominei de “A minha mãe é uma Vadia”. Tocávamos lá no quartinho. Fizemos cassete-demo. Só a família comprou ( exceto as respectivas mães dos componentes). Não rolava show. Nenhum jovem da minha cidadezinha, na época, curtia esse barato além daquela nossa meia-dúzia de fedorentos. Até que me dei conta: só havia homens naquela porra. As meninas curtiam New Wave e outros tipos de rock ( que chamávamos de “farofa”).
Só que, na verdade, enquanto nós os punks comíamos farofa de despacho sem frango, os garotos que tinham bandas que estavam na moda arrastavam as menininhas e tinham “frango-assado” à vontade.
Me vi um Bobão Cuspe, escarrando para o e alto esperando o catarro cair na minha testa de besta. Eu mal tinha cabelo no saco e tava de saco cheio daquela vida de merda.
Tenho até hoje uma tatuagem tosca no braço de um tolete de fezes com moscas rodopiando por cima. Abaixo escrito o borrão “Shit Live”. Ainda não tive grana pra apagar essa merda feita.
Que merda!
Me revoltei com a revolta e voltei a ser o que eu deveria ter sido: um cara que toca roquenrôu pra ganhar grana e comer as menininhas. Uma banda da moda.
Montei a banda “Minha Mãezinha é a melhor Mãe do Mundo”. Mas, justamente aí ( sina de fracassado) inesperadamente, o punk fedorento virou moda. Quanto mais escroto e revoltado, mais o cara fazia sucesso na geral.
Desisti da porra toda. Pro caralho os punks, os não-punks, não ia mais mexer com isso. Decidido e decretado há mais de vinte anos.
Mas, retornando ao começo dessa minha prosa aqui, eu admiro o sucesso. Admiro muito quem faz sucesso. Agora, no ano de 2010, os “emos” são os que fazem sucesso.
Após a minha sucessão de erros, decidi que ia ser “emo” e fazer a porra do sucesso que tanto almejo. Mas pra isso, eu teria que ir direto na fonte e tentar descobrir qual é a tal fórmula milagrosa.
Pesquisei sobre “emos” e descobri que apesar das multidões que movem, há uma grande parte de quem gosta de rock que vive e perde seu precioso tempo ( até para um vagabundo ressentido, a vida é curta) metendo o malho nessas bandas. Eles, os detratores, questionam a heterossexualidade dos integrantes desses grupos. Inveja pura.
Eles, os integrantes de bandas “emos”,moleques que têm idade pra serem os meus filhos, estão milionários e comendo, se quiserem, em um dia, mais mulher do que eu comi a vida inteira ( o que lá, convenhamos, não é muita vantagem...). Mas, fui. Melhor dizendo: busquei. Busquei ir atrás de uma dessas bandas pra trocar um plá com os caras para, tal qual midas, me desses um toque ( ôpa, no bom sentido, é claro) de como fazer a porra do tal sucesso.
Há poucos dias, coincidentemente, houve em Volta Redonda, cidade vizinha à minha, um festival de rock onde a última banda do festival a tocar foi a NX Zero. Acho que a mais amada e odiada de todas desse gênero.
Cara-de-pau + bons contatos + vontade insaciável de conhecer meus novos ídolos = credencial para acessar o camarim dos caras. O que consegui. Levei uma câmera para filmar e registrar umas perguntas que pra mim seriam cruciais e que, se respondidas, serviriam como um manual para que eu montasse uma banda “emo” e fazer “esse u cê ê esse esse esse ó”.
Lá eu, quase quarentão, vestido de “emo”, porta de camarim, papel com as perguntas na mão, disputando a tapas vaga na fila de autógrafos com groupies teens.
Um aparato gigantesco de produtores e seguranças e policiais tentando acalmar-nos ( eu e as groupies teens). Consegui oito segundos com os caras dentro do camarim. Me olharam e acharam estranho aquele trintão barbudo, suado, barrigudo e com o visual todo colorido. Dos oito segundos, três foram eles me olhando estáticos. Em cinco segundos, metralhei:
- Não, não quero tirar fotos! Quero sucesso! Fiz umas perguntas e queria que vocês as respondessem praqui pra câmera, preu aprender com vocês como é ser famoso...
- TEMPO ESGOTADO! METE O PÉ Ô COROA ESQUISITO! - Gritou o produtor da banda, já ordenando aos seguranças que me tirassem.
No último segundo, corri, abracei um por um, com meus olhos marejados de lágrima, e emocionado entreguei aos “emos” o papel com as minhas perguntas.
Fiquei sem saber se eles leram a folha, se jogaram fora, se houve interesse pelos meus questionamentos ou se simplesmente me acharam um bizarro ser decadente e ignóbil.
Só sei que esse foi o contato mais próximo que eu consegui ter com o sucesso.
Chance de uma em um milhão ( melhor eu jogar na mega-sena), mas se algum dos integrantes do NX Zero estiver lendo esse meu desabafo fracassado, eu ficaria muito feliz, feliz pra caramba, coração tum-tum!, se pudesse responder ao menos uma das minhas perguntas. As mesmas que eu entreguei no camarim:
Pergunta 1: (…) Público enorme, produção de primeira, multidão de fãs, muita mulher dando mole...A rotina do NX Zero é diferente da maioria das bandas de rock. Qual a receita do sucesso de vocês?
Pergunta 2: Os babacas que os criticam focam no fato de que o gênero praticado por vocês tem diluído-comercializado elementos do punk. Isso fica patente, por exemplo, na comunidade do Orkut “Emos devolvam o que vocês me roubaram!” É papel do artista, especialmente nas sociedades de massa, organizar os signos linguísticos e reprocessá-los para um formato digerível ( & compreensível) para o grande público. Portanto, não teria sido a habilidade que vocês demonstraram no domínio desses códigos-signos o responsável pela aceitação do “publicão” e a revolta dos “criticuzinhos”?
Pergunta 3: Como bem disse Tom Jobim: “No Brasil, fazer sucesso é ofensa pessoal !”As críticas negativas não seriam motivadas por uma mistura de falta de sensibilidade para captar e interpretar o que há de novo e inovador no trabalho de vocês, ficando esses babacas que os criticam a repetir chavões e frases de efeito que não explanam ou iluminam nada, onde, misturado, há uma evidente inveja do sucesso de vocês?
Pergunta 4: Os ressentidos ( chamemo-los assim) não se conformam com o fato de vocês terem popularizado certos procedimentos musicais, comportamentais ou de visual que eles acreditavam ser uma particularidade deles. E quando vocês levam isso para uma moçada que desconhecia esses elementos, e agora ela, a juventude atual, os incorporou, eles, os cricríticos, ficam revoltados por terem que dividir com quem eles talvez considerem indignos. É uma postura altamente preconceituosa desse pessoal que se acha porta-voz das luzes. O que vocês acham disso?
Pergunta 5: Montei uma banda “emo”, a “Retrovisores do Fracasso”. Uma promissora banda que vislumbra o sucesso e vê o fracasso, esse maldito, ficando pra trás. Vocês se disporiam a ouvir o single que compus, o “Goiabada com Queijo”?
Abraços,
do fã
O Merda Fracassado.
:)
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
WORKAHOLIC FRACASSADO
Não saio da merda da internet. Escrevendo seis livros, mantendo dezenas de perfis no facebook, orkut, twitter, badoo, o caralho a quatro, ainda, criei um outro ( o 5º) blog:
http://www.bachareisembaixaria.blogspot.com/
Entrei em parafuso. Um mês sem o cyberspaço, sem celular, sem escrever.... Ordem psiquiátrica. Vou ficar um bom tempo sem postar merdas nesta Merda. Ou posto direto do hospital pisiquiátrico.
Segue um top -10 (as postagens menos visitadas) daqui desta josta. Divirtam-se, enquanto eu tomo meus tarja-pretas pisando na bosta mole de vaca no meio do mato.
Ou tarja mole no meio da bosta preta fumando um mato... Ou pisando na tarja mato no meio da vaca.... sei lá.
Bye.
O Merda Fracassado.
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
DONO DE EMISSORA DE TV FRACASSADO
Dono de uma emissora de tv. Isso mesmo que você leu! Eu quis ser. Minha megalomania não tem limites.
Dono de uma emissora de tv. Criar uma emissora que periodicamente veiculasse no you tube vídeos que eu mesmo produzisse.
Botei essa idéia de girico na minha cabeça-de-bagre.
Mas pra, pelo menos, criar um vídeo,eu precisaria, de início, de uma filmadora.
Consegui emprestada de um amigo meu que filmava casamentos nos anos 80 uma filmadora-monstro, daquelas de VHS. Custei, mas consegui achar uma fita VHS virgem mofada pra eu filmar. O trambolho de câmera, por incrível que pareça, estava funcionado.
Fazer um curta metragem? Não. Disso eu já tinha desistido devido ao meu último fracasso nessa seara:
Um Talk Show ? Talvez.
Até que, providencialmente, veio um convite de um amigo meu pra ganhar um troco sendo roadie da sua banda que iria abrir para o nacionalmente famoso grupo de rock Matanza. O Matanza, pra quem não conhece , é uma banda que faz o maior sucesso no meio dos roqueiros. Tocam country core. Seja lá o que isso queira dizer.
Eu, até então, também não conhecia, tive que pesquisar no google :
Fiz a minha pesquisa rápida sobre o Matanza e parti pra tal festival de rock. Já tinha a minha idéia genial na cabeça: inaugurar a minha TV com um programa que mostrasse os bastidores do show, o próprio show e descolar uma entrevista com o vocalista e ex-apresentador da MTV (*) Jimmy London.
(*) programa "Pimp My Ride Brasil" - Tá vendo que eu pesquisei direitinho?)
O gigantesco barbudo rosnou. Fiquei assustado. Mas logo percebi que não era hostilidade de sua parte, mas a maneira sinistrona dele dizer que sim, daria a entrevista.
Fiz a dita-feita.
Após a entrevista, numa extrema falta de bom-senso ( lembremos do coquetel "remédio de maluco x álcool" ), numa tremenda de cara-de-pau escrota e, sem que a produção da banda percebesse, fiquei em frente ao camarim do Jimmy e, num átimo, subi bizarramente no palco com o trambolho da câmera atrás do vocalista que era ovacionado pela multidão.
Eu quase que atrapalhei os caras a tocarem zanzando grogue com a big-câmera pra lá e pra cá no palco. O público me xingava pra caralho.
Obviamente,quando a produção percebeu, com toda razão, imediatamente me expulsaram de lá.
Péssima decisão.
Veja com os seus próprios olhos o resultado do vídeo que pedi pro meu primo colocar no you tube (*).
(*) - Porra! Me xingou pra caralho quando eu entreguei a pré-histórica fita VHS pra ele pedindo pra colocar na internet. Teve que fazer não sei quais estripulias tecnológico-cibernéticas pra conseguir extrair as imagens da mofada fita. Eu mesmo editei mal e porcamente no movie maker. Uma merda que ficou.
terça-feira, 22 de junho de 2010
PORTA-VOZ DE SINDICALISTAS FRACASSADO
Semana passada, me informaram que um dos meus alunos tinha sido o único da escola que havia ganhado um prêmio pelo seu desempenho numa prova de Português promovida pelo Estado do Rio. Garoto aplicado, concorreu com mais de noventa mil outros alunos e ganhou um notebook, dada a sua nota na tal avaliação.
Até aí, ótimo. Ele merecia.
O bizarro conto agora.
Como ele estudou exaustivamente comigo pra tal prova, me disseram que, sendo o professor dele, a minha participação na cerimônia de entrega do prêmio seria imprescindível.
Tentei relutar do convite, mas não tinha jeito. Disseram que eu tinha que ir.
Quando alguns professores souberam que eu iria, começou a correr o boato na cidade de que eu estaria na tal cerimônia tete-à-tete com a Secretária de Educação do Estado do Rio.
Porra! Que merda!
Uma manada de sindicalistas estava me esperando na porta da escola. Um povo sinistro, com bottons do PT encardidos, umas mulheres de cabelos desgrenhados (daquelas que não raspam o sovaco) com camisas do Che Guevara de buço e rostos idem e uns barbudos grosseiros com voz rouca. Me abordaram agressivamente:
-Soubemos que você, companheiro, vai estar perto da Secretaria de Educação. Uma mulher de dificílimo acesso. Anda cercada de seguranças. Você, companheiro, tem o compromisso de nos representar lá. Falar na cara dela sobre todo o nosso sofrimento, da nossa luta. Representar a categoria, companheiro. Vai ser o nosso porta-voz. A revolta do Proletariado.Marx!
Porra! Falou de Marx! Aí, começou a me agradar. Falei gritando pra eles;
-Pô companheiros! De Marx, eu manjo pra caralho. O cara é mestre. Tenho e li todos os livros do Grouxo e vi todos os filmes dos Marx Brothers. Tenho o box completo de dvd’s dos filmes deles!
Fizeram uma cara esquisita. Acho que não estávamos falando da mesma pessoa.
- O Capital, Socialismo! A Luta, Revolução! - um dos companheiros esgoelou no meu ouvido, me agarrando pelo colarinho.
Eu não tava entendendo porra nenhuma. Companheiro? Socialismo? Eu porta-voz daquela gente esquisita? Representar a categoria? Aquela gente não tinha categoria nenhuma. Umas mulheres-macho petistonas que, imagino, deviam ter o pau maior do que o meu. E eu não entendo nada dessas paradas de política, sou o maior alienadão. Sempre votei em branco.
Explico: em branco, quero dizer que não votei em ninguém ( pra que os afro-descendentetes sindicalistas não entendam errado... que fique bem claro! [ ops!] ).
Continuaram a gritaria na minha cabeça:
- Companheiro, a responsabilidade está nas tuas mãos. Pega o teu contra-cheque e esfrega na cara dela. Da desgraçada da Secretária de Educação. Mostra que você ganha míseros novecentos reais como educador. Como sustentar uma família com isso? Esfrega a nossa vergonha na cara dela! Assustada, quem sabe ela que tem contato, não repassa pro Homem, o Governador do Estado? Esse sim, inacessível. Novecentos reais! Veja você: um pós-graduado, prestou concurso e ganha essa mixaria!
Nem vuvuzela enchia tanto o saco quanto aquela gritaria na minha cabeça. Histeria. Comecei a ficar puto. Quando fiz concurso pro Estado vi que no Edital tava escrito a merda do tal “mísero salário”! Se eu quisesse ser bem sucedido, que prestasse outro concurso. Fiz esse porque era o mais fácil de passar. Se eu quisesse ganhar melhor, que ralasse mais, fizesse outra faculdade ( Direito,Física Nuclear, Relações Internacionais...) e prestasse algum concurso prum trampo que paga bem, pensei alto. Tão alto que perguntei, pra disfarçar, quem é que tava com a mão amarela.
Novecentos contos pra mim até que é o suficiente. Dá pra pagar o aluguel, comprar umas cervas, uns gibis e o resto ainda sobra pra alugar uns pornôs na locadora três vezes por semana. E outra: eu ganho novecentos pra trabalhar só 12 horas por semana, exatamente o que eu queria. Pago pelo ócio só pra ter o resto do tempo pra vagabundear sossegado: blogueando, escrevendo besteiras, batendo bronha.
[Pensando bem, novecentos paus por 12 horas, se fosse multiplicado por quatro, 48 horas, a carga horária semanal qualquer outro profissional, meu salário sairia por três paus e seiscentos! O salário de um engenheiro!].
-Viva la revolucion! A luta é nossa!
-Já é! É nóis! – respondi meio assustado.
-Já sabe o que vai fazer, não é?
- Sei! Si,compañero! – respondi em espanhol também, com o punho cerrado, pra que eles saíssem fora logo.
E a horda de visigodos saiu uivando rua afora.
Na verdade, mesmo que fosse executar esse ato subversivo, de esfregar o contra-cheque na cara da tal Secretária, eu nem sabia como era a cara dela. Nem dela, nem do governador, nem do vice-governador. Um alienado e conformado professor de Português e ouvidor de blues & leitor de quadrinhos que eu sou:de casa pro trabalho, do trabalho pra casa. Só isso.
E fui. Chegando lá, a cerimônia correu às mil maravilhas. O meu aluno recebeu o prêmio. Fiquei feliz por ele e fui encher a cara de graça. Acepipes e birita à vontade. O garoto voltou com o irmão mais velho pra casa e tampei na birita. Até esqueci da tal Secretária.
Papo vai e vem. Gente pra lá e pra cá. Fotógrafos fotografando pessoas que eu nunca tinha visto e eu já torto de birinaite.
Sem mais nem menos, encontro um amigo meu, também professor e companheiro de copo. O cara já doidaço. Há tempos não nos víamos. Falou do meu blog. Que lia direto. Que acompanhava os meus fracassos. O cara começou a parar as pessoas que passavam e gritava:
- Esse cara é do caralho! Um verdadeiro merda. Assumido.
Eu já emanguaçado, enchia o peito de orgulho quando alguém dizia que acompanhava os meus textos deste nefando blog. Tiraram até foto da minha cara de merda.
- O autor do Autobiografia de um Merda. É esse aqui gente! – entre soluços de embriaguês, o professor cutucava a costela de todo mundo, apontando pra mim.
De súbito, um cara de óculos segura no meu ombro e pergunta se eu sou o Merda Fracassado mesmo. Diante da orgulhosa e embriagada resposta positiva, ele dá um tapa nas minhas costas e se diz um fã do blog. Que o pai dele, escritor, tinha lhe apresentado o blog e que ele acompanhava sempre que podia.
Enchi o peito com fumaça de Derby: “Sou eu mesmo! O verdadeiro e legítimo Merda Fracassado!”
Entusiasmado, o gente boa pediu que eu contasse um dos meus fracassos. O seu preferido. O do Baile de Máscaras. Estômago cheio de birita e cabeça de asneiras, comecei a narrar em voz alta a minha porca miséria fracassada. Vi que uns fotógrafos disparavam seus flashes contra mim e o tal fã de óculos, que se apoiava em no meu ombro de tanto rir da desgraceira que eu ia contando. Eu não entendendo porra nenhuma. Mas bêbado, continuando. Flashes espocando. Me achei uma celebridade.
O simpático cara de óculos ao terminar de ouvir as histórias que havia pedido, me deu um abraço e se foi. Os fotógrafos foram juntos com ele. E todos foram atrás dele. Boiei na parada. Mas tava satisfeito. Tinha feito um amigo. Tava ali um admirador meu que era um verdadeiro boa-praça.
Me passou as fotos hoje por e-mail.
http://autobiografiadeummerda.blogspot.com/2009/03/mentiroso-fracassado.html
Meu amigo se escangalhando de rir quando eu contei a INFÂNCIA DO MERDA
http://autobiografiadeummerda.blogspot.com/2009/05/infancia-do-merda-o-futuro-fracassado.html
Aqui eu tava contando o fracasso do VENDEDOR DE CD PIRATA FRACASSADO
http://autobiografiadeummerda.blogspot.com/2009/10/vendedor-de-cd-pirata-fracassado.html
e do do MASCARADO FRACASSADO
http://autobiografiadeummerda.blogspot.com/2009/06/mascarado-fracassado.html
Nessa, o meu fã sangue-bom, pediu que tirássemos uma foto juntos e ainda brincou: bem-humorado que só ele: “Pôxa, se fosse numa polaróide eu já pedia o autógrafo do Merda Fracassado agora!” – todos rimos.
Se algum daqueles sindicalistas ver estas fotos, sou um cara morto.
Ps> Um abraço para o Sérgio Cabral, puta escritor. Tenho todos os teus magníficos livros: As Escolas de Samba - o que, quem, onde, como, quando e porque (1974), Pixinguinha, Vida e Obra (1977), ABC do Sérgio Cabral (1979), Tom Jobim (1987) No Tempo de Almirante (1991), No Tempo de Ari Barroso (1993), Elisete Cardoso, Vida e Obra (1994), As Escolas de Samba do Rio de Janeiro (1996), A Música Popular Brasileira na Era do Rádio (1996), Pixinguinha Vida e Obra (1997), Antonio Carlos Jobim - Uma biografia (1997), Livro do Centenário do Clube de Regatas Vasco da Gama (1998), Mangueira - Nação Verde e Rosa (1998), Nara Leão - Uma biografia (1991) e Ataulfo Alves (2009) e li todos os teus textos no Pasquim.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
DIRETOR DE CURTA-METRAGEM EXISTENCIALISTA FRACASSADO
Fiz, fiz sim um curta-metragem.
Produção caseira. O custo do filme bateu, acredito, um record em investimentos: gastei exatos R$ 1,85 para produzí-lo. Só o preço da passagem.
Sem nenhuma auto-crítica, mandei o dvd com o filme para um amigo que é diretor profissional e crítico de cinema. Ele viu o meu curta e me mandou o seguinte e-mail:
#####
“Alexandre, vi o teu curta-metragem “Vida Passageira”. É genial! Você soube sintetizar toda a proposta existencialista em poucos minutos. Minutos esses que fiquei diante da tela vivendo o teu filme. Perdi ou ganhei tempo de vida vendo o teu filme?
Você investigou os espectros originários da alma, da consciência de se estar vivo transitoriamente à mercê do instante da morte a inexorabilidade da morte, as algemas do curso reto da existência, a impossibilidade da comunicação, sintetizados em intensa e visceral angústia, surpreendendo o uso da câmera como um bisturi para devassar angústia do tempo/espaço na vida. O curta-metragem forja desde cedo estarmos diante de uma estética distinta, que permite surpreendentes possibilidades. Uma maneira de fazer cinema toda construída sobre a autêntica impressão digital da psiquê. O próprio tempo passaria a servir de êmulo dessa visão, mergulhando-nos em marasmo e letargia, como símbolo de impotência perante ao destino, ao rumo ( Deus escreve certo por linhas tortas?) o que pode te valer aos olhos tradicionais o rótulo de cineasta de difícil compreensão.
Teu filme, Alexandre? Tá ali no teu filme. Tá ali naqueles poucos minutos. Eu vi que sou a minha própria existência, mas essa existência é absurda. Existir como um ser humano é inexplicável, e totalmente absurdo. Cada um de nós apenas está aqui, lançado nesse tempo e espaço –– mas por que agora? Por que aqui? O que é a morte? A morte é minha total não-existência. A morte é tão absurda como o nascimento –– não é o momento final e autêntico de minha vida, não é nada mais que o aniquilamento de minha existência como ser consciente. A morte é apenas outra testemunha do absurdo da existência humana.
Teu filme? Franz Kafka Karl Barth Andre Malraux Simone de Beauvoir Abraham H. Maslow Nikolai Berdyayev Friederich Nietzche Martin Buber Jose Ortega y Gasset Rudolf Bultmann Blaise Pascal Albert Camus Maurice Merleau-Ponty Fiodor Dostoievski Rainer Maria Rilke Martin Heidegger Jean Paul Sartre Karl Jaspers Paul Tillich Franz Kafka Miguel de Unamuno Soren Kierkegaard Eliezer Wiesel...
Teu filme? Vida Passageira: Vida, passagem, fim da linha, a inexorabilidade da morte.
Teu filme? Todos tem a consciência da morte e a de que essa morte ocorre apenas uma vez, isso leva o homem a viver um sentimento de "espera da morte". O fim, destino, curso e sentido da é a morte para os indivíduos. A morte é o termo final para nossos planos. Estamos na dependência da morte para tudo já que ela é imprevisível e invencível. Para ele as pessoas fogem para uma existência sem autenticidade para fugir da angústia da morte. Mas somente sofrendo essa angústia o homem será autêntico e atingirá a sua plenitude existencial.
Teu filme? Depois de vê-lo, eu passei a não acreditar que a morte é a passagem para outra vida. Para mim ela passou a ser uma porta fechada. Eu não digo que ela é um passo que todos nós devemos tomar, mas que é uma horrível e sórdida aventura rumo ao... ponto final.
Teu filme? Arte pura no seu estado bruto! Teu filme? Magnífico! Teu filme? Bravo! Teu filme?
#####
Entusiasmado por essa ininteligível crítica do meu amigo crítico, inscrevi o filme em uma porrada concursos do gênero. Por sugestão dele.
Todos rejeitaram.
Fracasso de aceitação. Quiçá de bilheteria...
Mas... O filme está no You Tube em dois links. A introdução e os créditos ficaram em um link e o próprio filme existencialista em si ( para si) ficou em outro. Isso porque eu sou uma toupeira e não soube fazer a porra da edição juntando a apresentação e o filme no Movie Maker ( um programa que até debilóide sabe manipular).
Para ver o “Vida Passageira”, basta ver o vídeo de apresentação. Depois, é só clicar no link que leva ao filme – logo abaixo do vídeo na caixinha de texto no vídeo.
Boa viagem.
http://www.youtube.com/watch?v=mPpxQoIay3Q
quarta-feira, 16 de junho de 2010
DONO DE FRANQUIA FRACASSADO II
Esse lance do bar ocorreu em 2000. Há dez anos.
(Re)Leia:
http://autobiografiadeummerda.blogspot.com/2009/01/dono-de-franquia-fracassado.html
Semana passada,um amigo meu que é advogado, leu a postagem e, num súbito, sem saber, redesencadeou minha gana megalomaníaca de sucesso.
Explico.
Ao reler essa postagem (acima), ele me mandou um e-mail perguntando se eu pretendia reabrir o HARD ROÇA CACHAÇA que, segundo ele, era uma “idéia magnífica”.
Eu respondi que isso era assunto morto. Que tinha ficado traumatizado com a fracassada experiência, como ele bem tinha lido na postagem.
Aí que veio a sugestão do doutor:
“Já que você não quer reabrir o bar,por que não contrata um arquiteto-designer e desenvolve um projeto apresentando somente a venda da IDEIA da franquia?”
Como assim? – perguntei já semi-arrepiado.
Me deu as instruções, pelo e-mail:
“Você não registrou a ideia no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial)? Então, brother! A idéia é sua! Faz um projeto bacana e vende só a idéia. Sacou? A idéia da franquia. Já que você é um fracassado como administrador, vende a franquia pra alguém que queira comprar a idéia. Franquia tá na moda! Cacau Show, Boticário, Mr. Cat, etc.. Tudo franquia. E tem uma porrada de empresários cheios da grana e competentes, ávidos por boas ideias, que se interessariam, com certeza, em comprar essa tua do bar-paródia. E quem comprá-la vai espalhar o bar pelo Brasil inteiro! E você pode vender por uma fortuna! Vai na minha, você vai ganhar a maior grana! ”
Fiquei doido. Renasceu a nóia do sucesso. Eu ricão, só por ter tido uma idéia besta de parodiar a famosíssima franquia mundial HARD ROCK CAFÉ.
Putamerda! Dez anos depois, eu aqui raspando o cu com a unha, em pleno 2010, acabar colhendo frutos e ficando rico com uma das centenas de idéias fracassadas que tive.
Berrava como um demente em casa : Rico! Vou ficar rico! Milionário!
Entusiasmadão, antes de contratar o tal arquiteto pra fazer o projeto virtual do bar, dei um pulo no INPI pra dar uma verificada no registro do bar no meu nome.
Ao ir lá, me informaram que os advogados do escritório nacional do HARD ROCK CAFÉ entraram há cinco anos atrás, em 2005, com o pedido de indeferimento do meu registro, alegando “ferir a imagem e o logotipo da empresa”, já que havia ali um “reapropriação da logomarca”.
Porra! É claro. A intenção era justamente essa. Parodiar numa versão jeca/tosca/tupiniquim o modernoso/clean e mundialmente famoso bar.
Corri pra esse amigo advogado, o que me sugeriu a idéia, e, desesperado, pedi orientação. Liga pra lá, liga pra cá, e ele me dá a notícia estarrecedora: seria uma causa ganha, já que o próprio INPI registrou o bar no meu nome, mas como eu não tinha sido informado (*) em tempo hábil para que eu contratasse advogados, passados cinco anos, como não me manifestei contra os que estavam contra mim, o INPI acatou o pedido de indeferimento do meu registro.
“COMO ASSIM, PORRA!?” – esgoelei em lágrimas.
“A casa caiu! É uma pena. Você poderia ganhar uma puta grana. Tinha tudo pra ficar rico, mas deu azar. Fracassou de novo. Você perdeu!”
Perdi.
Fracassei.
Que merda!
quarta-feira, 26 de maio de 2010
ROTEIRISTA DE SITCOM COOL FRACASSADO
Fiz o roteiro de mais de 30 episódios-piloto, pretensamente cool e modernosos, tipo “Os Normais” e “Separação?” ( que nem curto muito).
Os temas: O quarto sexo; A impossibilidade de amizade entre homens e mulheres; O homem que finge orgasmo; A internet e o sexo; O macho-alfa; etc, etc.
Scratches de curta duração que tratassem de situações sexuais modernas, do século XXI.
Denominei de “SEXO XXI”.
A velha cantilena de sempre:
-Gastei grana registrando a porcariada toda.
-A mocinha do Centro de Registros da Biblioteca Nacional deu novamente um risinho sarcástico ao ver a minha novíssima tentativa de sucesso.
-Mandei pra tudo quanto era e-mail de emissoras.
-Recusaram.
-Desisti da idéia.
-Cheguei a conclusão de que nisso, também, sou um fracasso.
CENA. RESTAURANTE. INTERIOR.NOITE
CASAL SENTADO NUMA MESA DE BAR. HOMEM PÕE A MÃO SOBRE A DA MULHER.
BETO
Volta pra mim, Lucia!
LUCIA
BETO
Lucia, nem todas as mulheres com quem eu faço sexo eu amo.
LUCIA
(desconfiada)
Sei!
BETO
E nem todas as que eu amo, faço sexo.
LUCIA
(rindo)
Como assim? Você não vai pra cama com as mulheres que você ama? Essa eu não entendi.
BETO
Minha mãe, por exemplo. Eu a amo e não faço sexo com ela.
LUCIA
(ri)
É, tem lógica.
BETO
Só com você amei e fiz sexo.
LUCIA
(melosa)
É?
BETO
Só com você amei e fiz sexo. Então,só com você que eu fiz... (dá uma pausa de suspense)...amor. Volta pra mim.
BETO
(chega o seu rosto perto do dela)
Só com você é que eu fiz amor, Lucia.
LUCIA
(mais melosa ainda)
É?
BETO
Te amo!
LUCIA
Te conheço, Beto.Você tá dizendo essas coisas bonitas só pra fazer sexo, e não amor!
BETO
Lucia, então não vamos fazer amor. Vamos fazer sexo.
LUCIA
Mas.. e o amor?
BETO
Tá no sexo.
**********
INTERNETEIRO NERD FRACASSADO
Atualizo essa merdaiada todo santo dia. E nenhum deles nunca fez sucesso.
TWITTER:
http://twitter.com/alexandrecgomes
http://twitter.com/fracassado
http://twitter.com/autoranonimo
http://twitter.com/grouxomarx (algum idiota, que não posta bosta nenhuma, usou o nome do Mestre [ Groucho] com a ortografia correta e me sobrou esta)
http://twitter.com/ladraodefrases
http://twitter.com/comaprofundo
http://twitter.com/amigoimaginario
BLOGS:
www.bachareisembaixaria.blogspot.com
www.sensocontraoconsenso.blogspot.com
www.merdalternativa.blogspot.com
PERFIS FALSOS NO ORKUT ( alguns dos 27):
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=5715825806993556520
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=fpp&uid=11177085751906066383
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=11742599962545069102
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=fpp&uid=13365909867805545035
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=fpp&uid=10525386286035252160
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=fpp&uid=887670613900640442
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=fpp&uid=5037986559822246703
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=fpp&uid=5287269122551916230
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=fpp&uid=15614201146078546341
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=fpp&uid=13081313135037224204
+ PERFIS FALSOS NO FACEBOOK
+ 4 SITES
+ muita. muita falta do que fazer!
quarta-feira, 5 de maio de 2010
AUTOR DE MUITO SUCESSO FRACASSADO
Abri agora a minha caixa de e-mail e, entre vários que ainda não tinha conseguido abrir há um tempão, deparei-me com um de uma grande editora propondo reunir em livro algumas postagens desta josta de blog que mantenho há dois duros anos.
Fiquei feliz pra caralho!
Falaram até em usar “merda” no título do livro: “Autobiografia de um merda – ou o manual do fracassado”.
Pensei: porra, finalmente vou sair desse fosso. Ficar famosão. Fazer sucesso. Até me imaginei de terno tomando chá na caneca do Jô (quiçá na Academia), falando sobre o livro e contando a minha vida depressiva de Merda pro gordo bem-sucedido.
Foi então que eu reparei bem e vi que o e-mail foi enviado no dia primeiro de abril.
Galhofa!
Constatei que só pode ser algum idiota tirando onda com a minha cara. Desses idiotas que ficam me mandando e-mails mais idiotas ainda.
Ah..Ah..Ah.. Muito engraçado, seu desgraçado!
Porra! Vai perder seu precioso tempo escrevendo pra seção de cartas da MAD já que você é tão engraçado.
Eu,por conta de ter acreditado por instantes nesse conto-do-vigário, feliz no céu, caí direto nas profundezas do inferno baixo-astral.
Vai tomar no olho do cu viado filho da puta que tem a mãe na zona quem me mandou essa porra escrota e me iludiu, mexeu com o meu emocional e me faz sentir mais Merda ainda! Mexeu com as profundezas do meu psicológico megalomaníaco.
Babaca: Já apaguei o seu e-mail babaca e bloqueei o seu endereço pra nunca mais receber idiotice sua.
Acabou com o meu dia.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
ORKUTEIRO FRACASSADO
quarta-feira, 14 de abril de 2010
CANTINHO DO DESABAFO FRACASSADO
Reproduzo a seguir um e-mail que acabo de receber do meu dileto companheiro de blog http://www.bachareisembaixaria.blogspot.com/ , Lucio Medeiros.
Inauguro e já encerro aqui o “Cantinho do Desabafo”, não pelo texto em si, que concordo plenamente, mas porque se eu for publicar tudo o que todos os pangarés pedem em emeious, essa porra aqui ia virar uma seção de reclamações da revista Contigo. Mas como achei muito procedente o que vai abaixo, publico.
Sem mais.
Parem de me mandar emeious, caralho!
##########################
Sr. Merda Fracassado,
Dias desses recebi um e-mail de um leitor do seu blog reclamando da falta de conteúdo do meu textículo postado neste espaço. Ora, se o tema era a cagada, nada mais natural que da evacuação viesse a vacuidade, né não? Até aí morreu o neves, pensei.
Que fique claro: não escrevo para me defender de uma falta, suposta ou real, de conteúdo do meu, vá lá, trabalho. Sei que aquilo não valia um amém. Sempre achei que o valor da leitura se esgotava nela mesma, sem qualquer necessidade de ser portadora de alguma verdade. Um lance estético. Se alguns curtiram, fiquei satisfeito, se outros não, caguei e andei.
Você já deve ter percebido pelos nossos e-mails sr. Merda que nunca fui grande fã do Leminski. Penso que escreveu coisas boas e ruins. Mas tem um ponto alto: nomear a poesia de inutensílio. Não se trata de comparação já que não me penso, nem me quero, poeta, escritor, artista etc Só que eventuais méritos que alguém possa encontrar nesses e-mails que lhe envio estão justamente no fato de que deles se pode dizer que não valem nem chique nem mique.
É claro que o não dizer nada não significa que o texto seja artístico. Isso muitas vezes depende da habilidade de quem não diz. Só que se cobram de mim ou do senhor Merda conteúdo, aos merdalhões isso passa batido.
Dou exemplos citados de cabeça:
Num jornal do interior seria motivo de chacota uma desnotícia como essa que li anos atrás na Folha de São Paulo: “Já dura cinco dias o seqüestro de um empresário da baixada santista. O seqüestro não havia sido informado antes a pedido da família. Assim também o nome do seqüestrado não será divulgado para não atrapalhar as negociações.” Não é uma notícia fantástica? Revolucionária eu diria. Subverte a lógica de que jornal é o produto mais perecível disponível no mercado, só servindo para embrulhar peixe no dia seguinte. A obra de arte que transcrevi acima poderá ser reimpressa ad infinitum.
Mas no terreno da “arte” é que temos verdadeiras pérolas. Nesse campo, onde as subjetividades mandam muito mais que qualquer apreciação objetiva, QUEM diz se impõe sobre o QUE se diz. A vontade de parecer profundo (conteudístico) produz várias pérolas do non sense involuntário. E o público apupa ou aplaude a pabulagem conforme o nome. Para demonstrar o que falei vou me restringir ao universo dos poetas da canção popular e, dentre esses, a exemplos pegados ao léu:
Jorge Mautner: “a pipoca da pororoca da imaginação permanente.” Essa monumental bobagem foi dita em um depoimento a um documentário sobre as relações entre musica popular e poesia.
Chico Buarque: “o meu amor me chamou/ para ver a banda passar/ CANTANDO coisas de amor” Banda marcial cantando?!?
Luís Melodia: “lava roupa todo dia/ que agonia/ na quebrada da soleira/ que chovia ...” a música se chama Juventude Transviada. Tudo a ver, né?
Se exibindo como caras lidos, produzem um troço laido. Mas quem se atreve a dizer que o Mautner um idiota? Que o Chico não é grande poeta de que tanto dizem? Que o Melodia é incapaz de juntar lê com crê? Eu digo e não me importo que ninguém me ouça. Azar de uns, sorte de outros.
Sem querer me comparar ao Millôr, esse sim um gênio, aliás um dos poucos que esse país produziu, sei que “tudo que digo, acreditem,/teria mais solidez/ se, em vez de carioquinha,/eu fosse um velho chinês.”
O e-mail já está ficando muito grande, por isso encerro por aqui.
Não sem antes de lembrar que de minha parte continuarei cagando e andando para qualquer tipo de chateação. Enquanto o senhor permitir, continuarei obrando naquele espaço.
É isso.
Abração do
Lucio
quarta-feira, 17 de março de 2010
SUPER FRACASSADO
Mas nunca pensei que um dia eu chegaria a ser tão merda assim. Explico: Esta postagem justifica, com certeza, a existência deste blog. Lembremos, “Autobiografia de um Merda ou o Manual do Fracassado”.
Não é esse o nome desta nefasta coleção de insussessos?
Li agora uma notícia que aconteceu nesse último mês me chamou muito a atenção: a morte do bibliófilo-mor José Mindlin.
Li também outra notícia que me deixou estarrecido, estupefato, perpexo. Dessa eu falo daqui a pouco. Tem a ver com o fato de eu ser colecionador também. Uma espécie de José Mindlin fracassado. Comecemos com a do José Mindlin e sua coleção, aí eu falo da minha coleção e por final escrevo sobre o meu tal super fracasso monumental.
Um grande homem. Morreu entre os justos. Fez o bem sem pensar a quem. Um homem que teve uma vida de sucesso.
Ainda sobre coleções e colecionadores, falemos agora de fracasso.
Eu sempre fui um comprador compulsivo. Com os meus salários, com o dinheiro que pingava ganhado de parentes, e biscates ( carregava compras para madames na feira, já aos 8 anos) sempre “investi” minha grana que sobrava em quinquilharias de leitura. Até os 33 anos ( há 3 anos atrás), nunca havia me desfeito da minha vastíssima coleção de gibis. Me lembro que aos onze já tinha mais de dois mil. Marvel, DC, Gibi dos Trapalhões , Turma da Mônica, Riquinho, Brucutu, Popeye, Família Buscapé, Johnny Hex, Luluzinha, etc. Aos doze, comecei a colecionar os gibis do TEX, Conan, o Bárbaro, Spirit, Kripta...
Uma pequena cronologia demonstrativa da coisa:
1988: Comecei a trabalhar aos 13. Ajudante de pedreiro, boy, animador de festa infantil ( acho que já postei aqui sobre isso), balconista de padaria... Já tinha, até então, acrescentada à minha coleção, quase todas as publicações de humor em quadrinhos do Brasil. As que já tinham saído das bancas, eu comprava em sebos. Coleções completas da Mad, Chiclete com Banana, Piratas do Tietê, Circo, Animal, Heavy Metal, Casseta Popular, Mil Perigos, Bunda, Níquel Náusea, Geraldão, Dumdum, Kriptóris, Fráuzio, Planeta Diário, etc. Ah, fanzines também! Centenas fanzines do Brasil inteiro.
1989: Com 14, comprei meu primeiro livro: “A verdadeira história do paraíso” do Millôr Fernandes. Daí em diante, nunca mais parei de comprar livros. Uma média de cinco por mês, no mínimo.
1990: Com 15, adquiri de um colecionador TODOS os números do jornal O Pasquim.
Do primeiro gibi que comprei aos 8 anos e o primeiro livro aos 14, sempre guardei o que ia compulsivamente comprando.
Minhas aquisições ganhavam uma quantidade assustadora. Freneticamente, passei a comprar, ainda na década de oitenta, vinis, cassetes, VHS... Centenas e centenas de tranqueiras enfurnadas no meu quartinho.
Nos 90’s, lançamento do disquinho de música digital, comprava cds quase que semanalmente, mas sempre continuando com a obsessão de juntar mais gibis e livros e vinis e ...
...me lembro que no final do ano de 1991, minha tia vindo de uma viagem da Inglaterra, um mês antes de voltar para o Brasil, me ligou e perguntou se eu queria algo de lembrança, um presente. “Até trezentos dólares”, ela disse. Prontamente pesquisei numa revista importada sobre quadrinhos e descobri que existia uma loja de comic books em Londres chamada Forbidden Planet. Um sebão que vendia tudo quanto era raridade em quadrinhos. Pedi que ela procurasse lá a edição número 1 da Action Comics, de 1938 ( em que o meu herói preferido, o Superman, surge pela primeira vez). E não é que ela achou? Me ligou assustada perguntando porque um gibi custava tanto: “Caralho! 550 dólares uma merda um gibi velho! Tem certeza que quer isso mesmo? Eu te levo um walkman maneirão, um casaco de frio...” Nem ouvi as outras propostas dela. Feliz da silva e nervoso falei pra ela comprar o gibi de qualquer maneira. Expliquei o preço porque era um gibi era antigão e raro e que comprasse assim mesmo. Eu esgoelei que até restituiria os duzentos dólares que ela interaria na cota estabelecida para o presente.
E continuei a pedir pra conhecidos que viajavam pro exterior que trouxessem mais gibis raros pra mim. Essa era a minha nova mania.
1994, dezenove anos, quis morar sozinho. Ter meu próprio apê. Consegui. Aluguei um com dois quartos: um só pra tranqueirada e outro pra eu dormir ( que ainda ficava a metade entupido de livros).
Anos 00, consumo irrefreável de dvd’s...
Putamerda!
Reuni, acredito ( nunca consegui contabilizar com calma), mais de cinco mil livros, três mil revistas, centenas de jornais, uns quinhentos VHS’s, milhares de cd’s e dvd’s.
Fiz as contas: entre os 13 anos ( quando recebia um salário mínimo) e os 33 anos, gastei, em média, metade de um salário mínimo por mês consumindo todas essas tranqueiras ( isso sem contar quando pingava uma grana extra tipo 13º, férias, que gastava integralmente com essas coisas).
2007: Aos 33 anos me bateu uma neura: “Quanto eu gasto ( gastei) reunindo toda essa bagulhada durante esses anos todos?”
Numa conta fácil, calculei: meio salário mínimo ( mais ou menos uns duzentos e cinquenta reais – ou uns cem dólares ) por mês, por baixo, em média, gasto.
R$ 250,00 x 12 = R$ 3.000. (ano) / R$ 3.000 x 20 (anos) = R$ 60.000.
Se eu for contar os gastos excessivos nos 13ºs de fim de ano e férias e indenizações de empresas que tinha trabalhado, poderia aumentar aí mais uns 30%.
R$ 60.000 + 30% = R$ 80.000, no mínimo!
R$ 80.000, se colocados numa poupança, por todos esses anos, poderia chegar a quase duplicar esse valor.
Pois bem. ( bem porra nenhuma! mals pra caralho!)
Eu, em 2007, ganhando ainda uma mixaria, solteiro, sem família, sem filhos, sem carro, sem casa própria, sem patrimônio nenhum ( nem uma bicicleta), respirei fundo aquele cheiro de mofo e me senti um merda. Um fracassado. Um homem com 33 anos vivendo um mundo fictício, adolescente.
Via meus amigos de infância e adolescência com as suas vidas realizadas. Carro, casa própria, filhos, vida de adulto.
Eu cheio de dívidas com os bancos ( justamente por estourar os cartões comprando mais bugigangas) e fudido.
No dia da véspera desse meu aniversário de 33 anos, sentei no meio da minha biblioteca-depósito de cds e dvds e vhs e revistas e comtemplei-as. Aquilo não valia porra nenhuma! Minha, então, namorada até tirou umas fotos minhas enquanto eu olhava os livros manguaçadaço.
A vida real havia me chamado. Síndrome de Peter Pan: Out!
Tomei uma decisão. Uma decisão adulta pra caralho. Uma decisão que iria mudar a minha vida.
33 anos! Mato esse passado funesto. Essa vai ser a minha ressurreição!
Bati no peito cabeludo:
“Vou me desfazer de TUDO. Tudo isso! Essa merdaiada toda não me trouxe benefício nenhum, não sou mais inteligente do que ninguém, não me tornei um intelectual, não sou bem sucedido nem no meio em que me propus investigar durante todo esse tempo.”
Vou me desfazer de TUDO. Vender a quilo. Nada de procurar sebos e ficar barganhando mixaria e me humilhando por uns trocados.
Vida nova.
“Vou na apara de papel que tem perto da minha casa e perguntar quanto eles pagam por quilo.”
Aquilo era, não há de se negar, papel. Com palavras escritas que não me ajudaram porra nenhuma a vencer na vida.
“Em busca do tempo perdido”? : papel! ; “Livros autografados?” : papel! ; “Coleção completa dos tomos de Ruy Barbosa? : papel! ; “Todos os clássicos da literatura nacional?” : papel! ; “Primeiras edições ( arduamente garimpadas em sebos) de Machado de Assis, Lima Barreto, Euclides da Cunha, Érico Veríssimo, Augusto dos Anjos, Lima Barreto”? : papel! ; “Milhares de revistas, coleções completas de revistas e jornais de humor desde Ângelo Agostini até a Bundas?” : papel!
Papel! Papel! Papel! Papel mofado, inútil.
“Vão todos virar picadinho na apara de papel, que é o lugar de vocês!”
Arrumei um caminhão e levei tudo para a apara de papel. Uma que tem na Rua Assis Ribeiro. Quem mora aqui em Barra do Piraí/RJ, sabe onde é.
Três toneladas e meia de papel, foi o que deu.
O cara me pagou mais ou menos uns seiscentos reais por todo aquele papel inútil. ( R$ 0,20 pago por quilo)
Pedi ao cara do depósito de reciclagem de papel que pudesse ver tudo aquilo virando uma massa disforme de papel picado.
Eu gargalhei aplaudindo vendo aquilo tudo sendo triturado.
Matei meu passado. Ia começar do zero. No meu apê só havia sobrado a poltrona, a geladeira, minha cama e o fogão.
Até meu aparelho de dvd, meu som e o home theater eu vendi por uma bagatela.
Não queria contato com nada que se relacionasse a “cultura”.
Tive a sensação de que tinha renascido das sombras. Ressucitado aos 33 anos.
Isso faz três anos.
Agora a segunda notícia estarrecedora. Neste momento, são exatamente 02:30 da madrugada do dia 18 de março de 2010 e eu sem sono, há meia hora atrás, estava fuçando na internet de bobeira.
Vi uma parada que me deu vertigem e uma palpitação.
Abri correndo o meu arquivo de fotos no computador. As fotos que a minha ex-namorada havia tirado no dia anterior à desova de todos os livros e gibis, em meio ao amarfanhado de papelada. Dizia ela que era pra que eu pudesse me lembrar, caso me desse saudade, dos livros, revistas e da vida que eu vivia.
Achei as fotos.
Olhei bem uma das fotos.
( Aqui, eu tô felizão comemorando em grande estilo etílico - essa pinga tava guardada para uma ocasião super especial - o fato de eu estar me desfazendo da papelada toda)
(Relendo pela última vez alguns livros que em breve iriam pro bebeléu)
( A última foto tirada nesse dia, 12 de junho de 2007, horas antes de mandar tudo pro cacha-prego. A besta aí achava que era infeliz e não sabia que iria ser muito mais!)
Mas, voltando ao assunto, qual era a notícia que eu tinha visto na televisão que fez com que eu desencavasse essas fotos?
http://www.youtube.com/watch?v=ZyufqGVSQPk
Li na internet também...
http://noticias.uol.com.br/bbc/2010/02/23/1-gibi-do-super-homem-e-leiloado-por-us-1-mi.jhtm
Porra! Olhe novamente para essa foto e pras imagens no you tube!
Enfim...
Mas a porra do gibi do Super-Homem foi foda...
FRACASSADO BEM HUMORADO FRACASSADO
Como fracassar com bom humor
por Carlos Gerbase em 04 de agosto de 2009
Há muitas coisas positivas no fracasso: ninguém vem te pedir dinheiro, ninguém te telefona de madrugada pra dar os parabéns, ninguém fica morrendo de inveja e te desejando o mal. O mal já está feito. Depois do mal, quase sempre vem o bem. Ou mais fracassos; não importa. Os fracassados têm um futuro radiante à sua frente: podem se erguer da lama e rastejar outra vez à procura do sucesso. Encontrando um novo fracasso, é claro. Mas, e daí? Fracassar várias vezes, como um sujeito perseverante, que não se deixa abater, é melhor que fracassar uma vez só, coisa de quem não tem força interior. Um fracassado fica com aquele ar abatido, triste, carente, que desperta o instinto maternal das mulheres e facilita novas aventuras amorosas. O homem de sucesso, ao contrário, com aquele sorriso brilhante, rodeado de bajuladoras siliconadas, terá enormes dificuldades para descobrir quem está sinceramente interessado nele e quem está querendo tirar uma casquinha do sucesso alheio. O homem de sucesso está acuado por um bando de chatos que dizem que o admiram, mas, na primeira queda, não hesitarão em chamá-lo de fraude. O fracassado curte a solidão a dois, pois sempre terá alguém disposto a consolá-lo. Como? Você é um fracassado e não tem ninguém que o console? Aí já é incompetência demais. Como em todas as situações da vida, é preciso um pouco de talento e perseverança. Um verdadeiro fracassado não se deixa abater. É preciso colocar o fracasso em seu devido lugar: no fundo. Um fracassado é como uma ação na bolsa que despencou absurdamente e que agora está com um preço muito convidativo. Quem investe num fracassado de hoje pode ter grandes lucros amanhã. Artistas geniais foram grandes fracassados. Van Gogh nunca vendeu um quadro. Mozart morreu miserável e foi enterrado em vala comum. Você prefere a companhia de quem? De Van Gogh e de Mozart, ou do débil mental que ganhou milhões produzindo o filme “O solteirão de 40 anos”? Pense bem, querido fracassado. Você pode se suicidar, como fazem muitos fracassados, mas aí não vai aproveitar o melhor do seu fracasso: a cara dos bem-sucedidos quando perceberem que você está vivo, acompanhado de uma bela mulher (que o consola), bebendo com os amigos do peito (e só amigos muito verdadeiros bebem com um fracassado), sendo comparado a Van Gogh e Mozart, e especulando qual será a sua próxima jogada em busca do sucesso. Que pode vir, ou pode não vir. E daí? O homem de sucesso só conhece o pavor de fracassar e vive numa perpétua ansiedade. Quer coisa pior? Deus te livre. Você é um fracassado e acha que está deprimido? Depressão não existe. Foi inventada pelos psiquiatras bem-sucedidos para encher seus consultórios à procura do sucesso financeiro, que, como eles mesmos proclamam, não vai curá-los da depressão. Não dê esse gostinho pra eles. Muito melhor que se entupir de antidepressivos é desfrutar, sem culpa, o doce sabor do fracasso. E rir dele. Um fracassado bem humorado se lambuza com a vida em toda a sua esplendorosa injustiça.
quarta-feira, 3 de março de 2010
ENTREVISTADO FRACASSADO
Ontem recebi um e-mail de um jornalista que tinha acabado de criar um blog.
Queria me entrevistar.
Um cara recém-formado. Inexperiente. Chato pra caralho. Se dizia meu fã.
Eu mereço...
E parei pra pensar: por que alguém me entrevistaria? Sou uma toupeira em qualquer assunto. Não tenho nada de interessante pra dizer.
O cara insistiu. Dei a “entrevista”. Sabia que ia dar merda. E deu.
Por isso a entrevista foi digna do entrevistado,um fracasso:
http://sensocontraoconsenso.blogspot.com/2010/03/entrevista-com-um-merda.html
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
LIVRE DE PRECONCEITOS FRACASSADO
Hoje, aqui no Rio, feriadão,calor pra caralho, praia lotada. Os favelados desdentados baixaram todos lá. Dia de São Sebastião Salgado. 7:27 PM Jan 20th via web
Vi hoje na TV uma pancadaria entre um monte de neguinhos.Eram haitianos brigando por comida.Alienado,achei que era imagem de baile funk. 6:34 PM Jan 20th via web
Vi "Atividade Paranormal".Fiquei boladão com uns vultos que passavam toda hora em frente a câmera. Mas eram do dvd pirata gravado no cinema. 7:37 AM Dec 15th, 2009 via web
Dinho Ouro Preto reestabeleceu a saúde. Apenas ficou com a idade mental de um adolescente de 17 anos. Ou seja, não sofreu seqüela nenhuma. 8:21 PM Dec 10th, 2009 via web
Venderei poemas na 25 de março, Meca da pirataria,e pôr como de minha autoria versos do Drummond e Bandeira. Poderão me chamar de criminoso? 8:18 PM Dec 10th, 2009 via web
Vi em dvd o “Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei”.Bom,mas não me conformo por colocarem depoimentos do Jaguar e Ziraldo.Algozes tendo voz. 8:04 PM Dec 10th, 2009 via web
Num documentário sobre Vladimir Herzog caberia colher depoimentos dos torturadores com as "suas versões" dos fatos e em tom de deboche? 8:11 PM Dec 10th, 2009 via web
RT @alexandrecgomes [ nanocríticas literárias] Li a Metamorfose do Kafka. Achei o personagem Gregor Samsa o maior barato! 7:03 PM Dec 10th, 2009 via web
Hoje é dia do samba de roda,do corno,da Não Violência contra a Mulher e do doador de sangue.Viva tudo de uma vez: coma a mina de um sambista 12:44 PM Nov 25th, 2009 via web
Se rolar outro apagão dia 20, evite dizer que tem medo do escuro. #diadaconsciencianegrapoliticamentecorreto 7:40 PM Nov 16th, 2009 via web
Os pretos ficaram putos quando o Mott disse que o Zumbi era gay...Todas as minorias são iguais mas algumas são mais iguais do que as outras! 7:38 PM Nov 16th, 2009 via web
Saiba que és responsável por tudo o que publica, pois estamos de olho.
Reli esse e-mail várias vezes.
Mas, humildemente, me perguntei: Eu sou preconceituoso?
Pra tirar essa dúvida, convidei uns amigos meus pra tomarem uma cerveja lá em casa e conversarmos sobre isso. Estavam: Isaac, um parceiro judeu; Charuto, um brother negão; Cléber, um caramarada viadaço; Damião, o faxineiro do meu prédio, analfabeto;Daniel, meu amigo anão e a minha ex-namorada a Milena, feminista de carteirinha ( quase homem).
только одна не имеет абсолютно стерильных ущерба. Человек дает предвзятость, а baneneira дает банан.
Eu traduzi no Google Translator:
* Só alguém absolutamente estéril não tem preconceito. O ser humano dá preconceito como a bananeira dá banana!