fracassos

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terça-feira, 31 de março de 2009

MENTIROSO FRACASSADO

Quem tem, como eu, trinta anos, ou mais, lembra –se _ por favor, sem saudosismo chato !_ de uma música dos titãs que tocava nos anos 80 chamada “32 dentes” e que dizia ; “...Não confio em ninguém com mais de 30 / Não confio em ninguém com 32 dentes...”..

Saudosismo chato a que eu me refiro é o dos indivíduos de 30 anos ( ao que parece ser essa a idade do marco zero do saudosismo chato) que vivem dizendo :“os bons tempos eram aqueles”. Enquadro em saudosistas chatos aquelas pessoas que enviam os cansativos e batidos e-mails relembrando a década de oitenta, setenta ou noventa, vivem fazendo listas dos 100 maiores de alguma coisa e as publicando em jornais, seja discutindo futebol na TV ou em bares. Ou ainda, assinando colunas de opinião em revistas de todos os tipos. Quem achar que estou mentindo, que atire o primeiro elepê do Legião Urbana! “Não confie em ninguém com mais de trinta anos” diz o dito popular.

Mas porque será exatamente nessa idade que se é atribuída essa característica? É a idade da perda da inocência? Porque trinta? Trinta é o número:- Trinta anos de Imunologia. Trinta anos esta noite. Se vira nos trinta. Motor 3.0 Turbo. Trinta tinha a mulher de Balzac. Você só tem trinta minutos para decidir a sua vida. A vida começa aos trinta.... Na contracultura dos anos 60 (ou pelo menos no final deles), ter trinta anos era uma espécie de data-limite para pactuar com o sistema. E o pior: era compulsória! Se você tivesse mais de trinta, estava frito! Já teria sido assimilado pelo bafo quente da moral e dos bons costumes e não restaria nada a fazer, porém, hoje, em tempos pós-modernos, em discussões politicamente incorretas, ou não, a idéia de moral subverteu-se onde o certo tornou-se errado e vice-versa. Um exemplo disso é que plágio também virou arte, onde o pastiche, a cópia não autorizada tornou-se banal, a informação disponibilizou-se por todos e para todos, pela internet. Esses agravantes ( ter os “inconfiáveis” trinta anos, e ser contemporâneo desse mundo de mentiras) fazem-me justificar o título dessa crônica, para que eu possa provar que você, leitor, deveria ter confiado em mim quando eu disse para que não confiasse em mim. Por exemplo; para construir esse texto, vali-me do mais torpe dos crimes intelectuais: fui no Google ( o oráculo onisciente da pós-modernidade ! ) e, e escrevi palavras-chave, do tipo “Não confie em mim”, “o homem aos trinta anos”, copiei-os, recortei de forma que não pudesse ser percebida essa artimanha, para que eu conseguisse plagiar exatamente 30 textos e colá-los nessa crônica, escancaradamente. Outra coisa, após ter terminado de escrever essa crônica, submeti-a a apreciação e avaliação de um amigo meu, para que fizesse as necessárias correções. Ele encontrou vários erros grotescos. Erros de cálculos de porcentagem [calculos que você verá em breve, arrumados lógico!] Erros também na forma e no conteúdo (ou seja, em tudo !!) , arrumando-os. Acrescentou o que era necessário e suprimiu o desnecessário. Portanto, se há algum mérito qualitativo nessa crônica, definitivamente não é meu.

Quer dizer: Esse meu texto, nem meu é!Viu só? Não confie em mim, sou mentiroso, e quem me conhece sabe que eu não estou mentindo. Sou extremamente exagerado. Em tudo o que digo há uma gigantesca carga de exagero.

Sou patologicamente exagerado, doentio ! (...) Peraí ! Nem tanto! Acho que exagerei um pouco!

Eu até, de acordo com minhas estatísticas, cheguei a uma conclusão exata e numérica do meu grau de exagero: aumento qualquer coisa que vá contar em exatos 67% . Sério mesmo ! Consegui, por mais incrível e inacreditável que possa parecer, mensurar em números essa minha compulsão: 67 % . Por exemplo; se fiquei preso em uma fila de banco e encontro logo depois de sair da fila com alguém conhecido, pra desabafar, conto o ocorrido da seguinte maneira:- _ Caramba rapá ! A fila tava enorme! Devia ter no mínimos umas 100 pessoas. Fiquei umas 2 horas agarrado naquela merda de fila quilométrica!Porém, partindo do pressuposto que são 67% de exagero, se você quiser saber exatamente o tamanho da fila que eu fiquei e o tempo gasto nela, é só calcular usando a tabelinha :

FATO NARRADO >> Quantidade de pessoas na fila = “...no minimo umas 100 pessoas...”> Tempo gasto na fila = “...fiquei umas 2 horas..”CÁLCULO APROXIMADO DO EXAGERO >> 60 (+ 67%) = 100,2 > 2 horas - 1 hora e 24 minutosREALIDADE >> 60 pessoas.> 36 minutosCONCLUSÃO DO PERCENTUAL DE EXAGERO >> ( 67 %)

Entendeu o macete? Então, quando for conversar comigo, precavenha-se. Ande com uma calculadora e faça imediatamente, após o relato, as contas . Assim você não se decepcionará com nada que, depois de comprovado, eu tenha dito (e exagerado).Mas... peraí ! Raciocine comigo: se a minha compulsão por exagerar é democraticamente abrangedora de todos os assuntos dos quais eu me proponha a relatar, e, se eu cheguei a conclusão de que são 67% que eu exagero em todos os assuntos, então nesse relato que eu acabei de fazer também há um exagero! Não concorda?! Então, na verdade, tenho que usar a a fórmula comigo mesmo pra saber realmente qual é o meu percentual de exagero. Tenho que usar a fórmula na fórmula ! Então, se eu subtrair os 67% ( de exagero) dos 67% ( que eu exagerei) que eu disse que exagerava então :

-Fato narrado - Exagero exagerado – (“...eu exagero 67%...” ) >> Percentual de exagero ( 67 %)

Há, porém, um porém : acrescentando o fato de que estamos diante de um silogismo do círculo vicioso, já que sou sempre exagerado, até nessa aferição matemática em busca do percentual exato de exagero, há um exagero embutido. Ou seja, um comportamento neurótico que me levaria a ajustes constantes, inviabilizando a apuração matemática/exata desse fenômeno. Uma vez que algumas contradições são impossíveis de serem superadas, não havendo a menor possibilidade de síntese... Será que essa seria a prova de que não existe a tal da dialética?

Responda-me, por favor . Mas, sem exagero.

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