fracassos

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domingo, 3 de janeiro de 2010

FILANTRÓPICO FRACASSADO


Quando caí na esparrela de colocar a porra do meu telefone pessoal na postagem anterior, não imaginei que seria um pandemônio no meu celular. Tirantes os amigos [-da-onça] ( filhos de uma égua, desgraçados) que estão,ainda, ligando a todo momento imitando voz de mulher pra me sacanear ( Podem parar! Já perdeu a graça! Caralho!) e algumas mulheres que realmente queriam me conhecer ( nunca imaginei que esta joça tivesse tantas leitoras – insanas, diga-se de passagem), o que mais me impressionou foram algumas ligações de pessoas querendo compartilhar os seus fracassos via telefone celular comigo!

Assustador!

Meu telefone não é nenhum tipo de “tele-fracassado”, puta que pariu!

[ Quando escrevo, odeio usar o sinal de exclamação, mas a minha raiva exige em todo esse desabafo!!!]

Neguinho(as) numas paradas depressivonas alugando o meu ouvido contando as merdas que já tinham feito e me elegendo como cúmplice nas suas respectivas vidas fracassadas!

Fodam-se! Vão ligar pro disque-suicídio, pra vó, pro “chat-chat-chat-line”, por caralho a quatro, sei lá! Deixem o meu telefone livre para o propósito pelo qual o coloquei, aqui, em público: atrair as fêmeas queiram um chamego, um amor gostoso, um roça-roça.

Algo que me trouxesse uma luz de esperança para o fim desse nefando 2009 ( depois posto uma breve retrospectiva dos meus fracassos nesse ano).

Porém, por conta dessa idéia besta de colocar aqui o meu celular, fechei a porcaria do péssimo ano de 2009 com chave-de-ouro ( uma merda, em termos fracassados, diga-se).

Vou contar:

Entre as ligações recebidas com sussurros ao pés dos recíprocos ouvidos, algumas fêmeas me atraíram realmente. Até então, marquei, via celular, oito encontros pessoais. Fui em todos. Nenhum resultou em “esse / e / xis /o”. Dois dos quais, as minas voltaram no mesmo pé alegando na cara a minha baranguice, cinco com mulheres fracassadas-maníaco-depressivas e um com uma gata-linda -maravilhosa-psicopedaga-assistente-social.

Virei a porra de um terapeuta de mulheres depressivas e fracassadas que acham que eu tenho a obrigação de ficar ouvindo a desgraça alheia. Vão criar seus blogs, como eu fiz, caralho!

Mas voltando a falar da gata-linda-maravilhosa-psicopedaga-assistente-social. Durante a sua ligação ( 11:34h do dia 30 de dezembro de 2009), ela pediu que eu entrasse na internet e ligasse a cam, o que fiz e ela idem. Foi com a minha cara. Disse que tinha me achado muito interessante ( minha cam deve estar com defeito). A mulher, uma morena de olhos verdes, mignon, meu número certinho, me deixou maluco da(s) cabeça(s). Tratei de marcar um encontro pessoal no mesmo dia com a fêmea da voz aveludada. Ela não pôde. Insisti. Era mora a 200 km da minha casa, na capital ( Rio de Janeiro). Fiquei desesperado. Tesudo. Marquei pro dia seguinte, 31 de dezembro. Passarmos o reveillon juntos. Ela disse que não daria pois iria iria passar o ano ao lado das crianças de um orfanato que ela trabalha.

Caralho! Fiquei desesperado! Eu tinha que traçar aquele espetáculo de morena de qualquer maneira. Até que tive a idéia mega-blaster apelativa: chamá-la pra passar o reveillon num pobre asilo de velhinhos comigo. Quem conhece a cidade de Barra do Piraí e a rua onde moro ( Cristiano Otoni), sabe que moro perto de três desses decrépitos asilos ( sem a força do trocadilho, por favor).

Liguei. Falei da idéia. Passar a virada abraçando velhinhos solitários que – idéia caduca minha – nunca imaginariam que estariam vivos em pleno término da primeira década do século XXI. Ela ficou emocionada:

-É mesmo, muito boa a sua idéia! Que coisa linda!Você sempre faz isso? Levar consolo e carinho para os velhinhos abandonados no último dia do ano?

Menti.

- Sempre! Sempre vou e levo línguas de sogra, serpentinas, chapeuzinhos-cone, confetes e uma cascatinha de fogos e coloco uns discos de marchinhas e serestas e ficamos cantando até a virada do ano. Mas fogos eu não levo não, pra não incomodá-los. Sempre faço isso. Adoro os idosos. É o mínimo, o mínimo, que eles merecem ao fim dessa uma árdua vida...

-Cara! Que coisa mais linda isso! Eu lia o seu blog e achava que você era de certa forma uma cara insensível, que só pensava em sexo, ogro, tosco, alheio a essas minúcias da filantropia, do bem-querer ao próximo, consolar a quem precisa...

Eu queria mesmo era consolá-la com o meu consolo natural, sexo animal, botar aquela morena de quatro e cravar o cacete até o talo num movimento de vai-e-vem frenético.

- É...consolar – respondi, já, ao telefone, batendo uma punheta imaginando aquela buceta morena atochada pelo meu caralho envernizado.

Tá gemendo?

Tristeza. Tristeza por viver nesse mundo cruel onde as pessoas mais velhas ficam abandonadas ao léu pelos familiares. Tenho nojo de alguns seres humanos que só pensam em si mesmos, que só olham pro próprio umbigo. Unngrrr!

Tadinho! Tá gemendo de dor. Entendo isso. Também tenho asco desse tipo de gente. Você é um cara sensível pra caramba!

Tinha acabado de gozar pela bronha frenética.Olhei pro meu umbigo e ele tava todo esporrado.

-Unngrrr!

-Fica assim não. Eu vou! Vou aí sim e vamos passar esse reveillon no asilo confortando e dando esperanças para os idosos. Vai ser lindoooooooo!

Dia 31 de dezembro de 2009, 18:45hs, rodoviária da minha cidade. Sereno fino.Chega o ônibus. Estou na estica, terno beje. Vejo a morena reluzente que se destaca saindo do bus.. Ela olha pra mim e vem na minha direção. Ela me abraça firme, com ternura. Eu abraço firme, com o caralho duro e latejando. Ela sente o catuque. Olho pra enorme mancha esperma na calça do terno.

-Unngrrr!

-Que foi? Coitadinho! Ainda está gemendo de dor pensando nos velhinhos?

Digo que sim e explico que aquele caroço é um guarda-chuva molhado guardado no meu bolso.

-Vamos lá pra minha casa? Lá você deixa a sua bagagem, descansa da viagem, toma um banho, a gente toma alguma coisa pra relaxar e partimos pro asilo.

Eu já havia preparado tudo. Oito latas de Schin e uma garrafa de conhaque Presidente ( só tinha grana pra isso) na geladeira, camisinhas malocadas em todos os cantos da casa, cd do Wando no pause, esquema total.

- Não! Não! Vamos pro asilo logo! O quanto antes chegarmos mais tempo teremos para ajudar e alegrar aqueles que precisam de nós!

Me bateu desespero. Será que o meu plano de embebedá-la a ponto de esquecer da merda do asilo idiota pra fazer sexo animal comigo ia por água abaixo? Me acalmei. Lembrei que velho dorme cedo e se fôssemos pro asilo, quando desse umas oito e meia aquela porrada de inúteis senis já estariam dormindo.

-Sim! Vamos lá! Estou ansioso pra chegar.

-Táxi!

A morena filantráopica deu três pulinhos de alegria. Seus peitinhos ainda permaneceram uns dois segundos tremento sozinhos. Fiquei olhando hipnotizado.

-Unngrrr!

-Ih! O guarda-chuva parece que abriu no seu bolso,molhou a sua calça!

Entramos no taxi e partimos. Enquanto conversávamos, percebi o taxista reclamando do cheiro de água-sanitária dentro do seu carro.

- Nossa! É difícil imaginar que ainda exista alguém que tenha um coração puro e delicado como o seu. Abrir mão da diversão volúvel do reveillon para passar o ano ao lado dessas pessoas...

- Ahan! Ahan!

Enquanto ela ia falando, eu me imaginava chupando aquela buçanha morena enquanto ela pedia pra enfiar o dedo no cuzinho...

- (...) porque a maioria das pessoas hoje só pensa em si e nos seus prazeres pessoais, o mundo precisa de mais pessoas como você, que doam o próprio prazer para as outras pessoas (...)

-Ahan! Ahan!

Blá-bláblá na cabeça e eu só viajando no corpaço, altas fantasias, aquela lambrecação de filme pornô: cospe e lambe a buça e enfia o dedo no rabo e enfia o caralho na garganta até ela golfar...

Chegamos no tal asilo. Dia 31 de dezembro de 2009, 19:35hs

Descemos do táxi. Peguei as malas da morena. Ela foi subindo saltitante a escadaria do asilo. Bunda tamanho perfeito.

-Vou atochar meu caralho até o talo no rabo dessa morena e o meu saco vai ficar batendo no grelo dela até ela gozar um jorro como uma égua no cio – sussurrei comigo enquanto apertava a cabeça inchada do guarda-chuva.

Entramos no asilo. Apresentei-me na recepção. Expliquei que éramos voluntários para passar o reveillon com os idosos. A recepcionista com cara de bunda não entendeu porra nenhuma mas deixou que ficássemos à vontade, até a hora que quiséssemos. Começamos a andar pelos corredores do asilo.Parada baixo astral pra caralho. Uma porrada de velhos fedendo a mijo, largados pelos cantos de cabeça baixa nas suas cadeiras de balanço. Maior deprê. A morena saiu de repende de um corredor e apontou pra mim eufórica:

- Vai por esse lado do corredor e traz todos pra mesa de centro do saguão que eu preparei uma cesta de frutas e uma torta de bacalhau, receita da minha falecida avózinha. Todos vão se divertir!

E começou a ameaçar um choro lembrando da sua avózinha. Me abraçou. Perguntou porque eu ainda não tinha tirado o guarda-chuva do bolso. Que ele tava se mechendo sozinho. Desenconstei e falei que era um presente surpresa pro seu Agenor, um idoso amigo meu – inventei.

-Que lindo!

Dia 31 de dezembro de 2009, 21:35hs. Os velhos pareciam que tinham tomado arrebite ou cheirado cocaína. Tavam todos serelepes pra caralho, sem nenhum sinal de iriam dormir naquele momento.

Aquela porrada de velhinhos sentados em volta da mesa. A morena servindo o prato de todos e me dando ordens:

- Vai ali e limpa a barba do Godofredo que ele se babou todo, acerta as costas da Dona Almerinda que ela está escorregando da cadeira-de-rodas...

Putaço pra caralho, pensei naquele momento que poderia estar batendo uma punheta em casa vendo o filme novo da Brasileirinhas, ou fumando um charuto e lendo meus gibis antigos do Sobrinhos do Capitão, mas tava ali, a morena escorregadia, filantrópica, quase uma freira de pureza e eu com o caralho duro, doido pra afogar o ganso.

Dia 31 de dezembro de 2009, 23:35hs.

- Todos acordados. Ainda não fodi com a morena! Caralho!Que merda! Não tem como piorar essa porra!

Piorou.

Dia 31 de dezembro de 2009, 23:45hs. Da porta de um dos quartos, a morena me chama urgente:

-Corre aqui! Me ajuda! Faltam quinze minutos pro ano novo e eu tenho que terminar de preparar o Sr. Godofredo.

Fui em direção a porta e perplexo vi a cena mais tosca da minha vida. Um velho de uns noventa e cinco anos deitado de pernas abertas como um bebê, todo cagado, olhando pra mim com uma cara de tristeza sem fim. Eu não sabia se sentia nojo ou pena. Só sei que a merda do velho fedia mais do que carniça, e a morena me deu um pano na mão e ordenou:

- Limpa, limpa rápido. A bacia com água tá aqui. Eu vou ali pegar a outra fralda geriátrica. Rápido! Faltam oito minutos pra virada!

Olhei pra gigantesca e arriada bolsa escrotal do velho e fui limpando aquela merda toda. E torcia ( o pano, não o saco do velho), e limpava, e começou a me dar tonteira. A morena chegou com uma fralda e um pote de talco e terminou o serviço rapidinho.

Fiquei parado com o braço todo sujo de merda quando o Sr. Godofredo já limpo e sentado na cadeira de rodas me chamou. Pensei “ Porra! Já vem essa porra desse velho me deixar mais baixo astral ainda agradecendo por tê-lo limpado. Que merda!”

- Quê que foi seu Godofredo?

- Rapaz! Rapaz! Tu és um merda fracassado mesmo, einh?

- Ahn?

- Caçarolas! O que estás fazendo aqui? És broxa na tua tenra idade? Bicha? Eu, na tua idade já ia no primeiro dia do ano pro hospital pra tratar das gonorréias que adquiria de tanto fornicar na virada do ano. Cheio de menininhas espalhadas pelo mundo afora querendo fornicar em pleno reveillon e vais passar a meia-noite aqui ao lado desses velhos caquéticos e dessa morena - escultural, diga-se de passagem - mas tremenda “carola-que-não-dá-bola” ? Essa é daquelas que cismam em edificar a humanidade mas que não fornicam antes do terceiro reveillon passando juntos. Já passei por isso. Tive uma dessas e passei três reveillons em asilos até conseguir passar a ferramenta nela. E a mulher era a maior geladeira, fornicava mal, não se mexia. É típico desse tipo. Não sacou? Uma “carola-que-não-dá-bola”! Tu, meu rapaz, és um merda! Um verdadeiro merda!

Fiquei parado. A voz da sabedoria ali na minha frente.

A morena voltou no quarto e deu um berro:

- Corre! Traz o Godofredo! Falta um minuto!

Dia 31 de dezembro de 2009, 23:59hs.

Todos reunidos em volta da mesa. As palavras do Sr. Godofredo ecoando na minha cabeça...

“És um merda! Um verdadeiro merda!” DEZ... Não sacou? NOVE...Não sacou? OITO... “Essa é daquelas que cismam em edificar a humanidade mas que não fornicam antes do terceiro reveillon passando juntos.” SETE... “carola-que-não-dá-bola” SEIS...“És um merda! Um verdadeiro merda!” CINCO...Não sacou? QUATRO... “ tive que passar três reveillons em asilos até conseguir passar a ferramenta numa desse tipo.” TRÊS... “maior geladeira, fornicava mal, não se mexia. É típico desse tipo” DOIS...“És um merda! Um verdadeiro merda!” UM... “verdadeiro merda!”

FELIZ 2010!

Os velhinhos todos vieram na minha direção e me abraçaram.

O seu Godofredo olhou pra mim e fez um moxoxo humilhante. Li nos seus lábios ““És um merda! Um verdadeiro merda!”

O guarda-chuva fechou e encolheu.
( Eu e o Sr. Godofredo num papo alto-astral minutos antes da virada do ano)





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